São Paulo, 31 de março de 2010
Queria dar o meu boa tarde a todos e a todas. Em primeiro lugar saudar minha mulher Monica. Meus filhos Verônica e Luciano. Minhas tias, meus netos. Queria saudar o vice governador Alberto Goldman, deputado Barros Munhoz, presidente da Assembléia Legislativa, os ex governadores Geraldo Alckmin, Orestes Quércia, o ex governador Mendonça Filho, de Pernambuco, que também nos honra com sua presença, o prefeito da capital, Gilberto Kassab, a vice prefeita Alda Marco Antônio. O ex ministro do Governo Fernando Henrique Cardoso e presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, Celso Lafer.
Queria saudar os Senadores, nossos amigos Kátia Abreu, Alvaro Dias, Marisa Serrano, Sérgio Guerra, Flávio Arns, Cícero Lucena, Flexa Ribeiro e Tasso Jereissati. Olha aí Tasso como você é popular aqui. O meu amigo constituinte, meu amigo no Senado Roberto Freire. Os deputados Federais Mendes Thame, Valter Ioshi, Dimas Ramalho, Julio Semeghini, Ricardo Tripoli, Jorginho Maluly, Arnaldo Madeira, Lobby Neto, Edson Aparecido, José Carlos Stangarlini, Silvio Torres, Eleuseus Paiva, Duarte Nogueira, William Woo, Vanderlei Macris, José Anibal, Bispo Ge, Otávio Leite, Paulo Bornhausen e líder do DEM na Câmara Federal Albano Franco. Presidente Nacional do DEM e Deputado Federal Rodrigo Maia, deputados Estaduais Pedro Tobias, Luciano Batista, Haifa Maidi José Augusto, Maria Lúcia Amary, Orlando Morando, João Caramez, Rogério Nogueira, Samuel Moreira, Davi Zaia, Milton Flávio, Analice Fernandes, Fernando Capez, Bruno Covas, Eli Côrrea Filho, Vanessa Damo, Milton Leite Filho, Rodrigo Garcia, Jonas Donizette, Estevão Galvão, Edmir Chedid, Roberto Engler, Uebe Rezeck, Gilmaci Santos, Celso Giglio, Vaz de Lima.
Como você vê Munhoz, poderia deliberar aqui. Podíamos aprovar aqui as coisas mais urgentes.
Queria também saudar os deputados estaduais também aqui presentes: Lelis Trajano, Cássio Navarro e Celino Cardozo, Salim Curiati, cadê o Curiati? Nosso amigo,
ex colega deputado e meu amigo.
Secretários de Estado aqui presentes, todos. Da Casa Civil, Aloysio Nunes. Da Justiça, secretário da Justiça e, posso dizer aqui, futuro chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Marrey. Nosso secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. Eu vou pedir um pouco de palmas emprestadas para o Aloysio e para o Alckmin.
Secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa. De Economia e Planejamento, Francisco Luna. Saneamento e Energia, Dilma Pena. Dos Transportes, Mauro Arce. Da Educação, Paulo Renato de Souza. Secretário da Saúde, o hoje popular Luiz Roberto Barradas. Da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto. Da Habitação, Lair Krähenbühl. Da Gestão Pública, Sidney Beraldo. Do Emprego e Trabalho, Guilherme Afif Domingos. Dos Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella. Da Agricultura, João Sampaio. Da Assistência e Desenvolvimento Social, a Rita Passos. Da Administração Penitenciária, como vocês sabem é o cargo menos estressante do Estado, o Lourival Gomes.
Nosso secretário da Cultura e o mais vivo de todos os secretários, porque conseguiu triplicar o orçamento em quatro anos, João Sayad. Nosso secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano. Nosso secretário de Esportes, Lazer e Turismo, Claury Alves da Silva. O chefe da Casa Militar, coronel Luiz Massao Kita. Secretário de Ensino Superior, Carlos Vogt. Secretário de Relações Institucionais, José Henrique Reis Lobo. Secretário de Comunicação, Bruno Caetano. Secretária das Pessoas com Deficiência, Linamara Battistella.
Queria também saudar os deputados estaduais Said Murad, Edson Ferrarini, Vinícius Camarinha, Roberto Massafera, Aldo Demarchi e Roberto Moraes. Saudar também meu amigo ministro grande líder durante os anos da redemocratização, Pimenta da Veiga, que nos acompanha hoje. Saudar os representantes do corpo diplomático, do corpo consular. Saudar os prefeitos e prefeitas de todo o Estado de São Paulo.
Os secretários municipais e subprefeitos representantes de associações, entidades de classes, lideranças, autoridades civis, militares, religiosas, representantes dos partidos políticos, dos meios de comunicação, líderes comunitários.
Nesta prestação de contas hoje aqui eu não vou fazer um balanço abrangente, pelo menos na minha expectativa, um balanço abrangente e detalhado. Seria demasiado longo e também porque o nosso Governo ainda não terminou. Temos ainda nove meses com muitas ações, inaugurações e cumprimento de metas firmadas com a população de São Paulo. Nós vamos ter, logo mais, um novo governador. Um homem que me acompanhou muito de perto nestes anos. Ele conhece tudo do Governo. As prioridades. É um homem que conhece a vida, um homem íntegro, um engenheiro, um democrata, para usar um termo que saiu da moda, mas que para mim tem muito significado: um patriota. Um homem que tem história e que tem preparo, que todos conhecem, nosso Alberto Goldman.
Eu vou aqui falar também de valores, de princípios. Dos critérios que orientaram estes 39 meses e que continuarão, vão continuar, a ser o norte dos próximos nove meses. Mas vou mencionar também várias das nossas ações, mais como exemplos e também porque, com toda a sinceridade, eu me orgulho do que fizemos, do que estamos fazendo e do que ainda faremos.
Eu acho que os governos, como as pessoas, têm que ter caráter. Caráter e índole. E este caráter se expressa na maneira de ser e na maneira de agir. Este é um governo de caráter, que manteve a sua coerência, não cedeu à demagogia, a soluções fáceis e erradas para problemas difíceis. Nem se deixou pautar por particularismos e mesquinharias.
Eu venho de longe. E se tive, ao longo da vida, uma obsessão, sou considerado um grande obsessivo. Mas a minha maior obsessão sempre foi servir aos interesses gerais do Estado de São Paulo e do meu país, o Brasil.
Eu estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. E assim falo não apenas porque aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o mal feito.
Agora, nós fizemos um governo honrado também porque não fraudamos a vontade popular. Nós honramos os votos dos paulistas, seu espírito empreendedor. Este povo que é amante da justiça, que tem disposição de enfrentar desafios e de vencê los com trabalho sério e consequente. Os paulistas, hoje, são gente de todo o Brasil. Aqui estão todos os brasileiros trabalhando pela riqueza de São Paulo e do nosso país.
Nós repudiamos sempre a espetacularização, a busca da notícia fácil, o protagonismo sem substância que alimenta mitologias. Este governo sabe que não tem nenhuma contradição entre minorar as dificuldades dos que mais sofrem e planejar o futuro.
Muitos, ao longo da vida, ao longo da minha vida pública, me aconselharam, digamos assim, a ser mais atirado, a buscar mais os holofotes, a ser notícia. Dizem alguns que o estilo é o homem. E o meu estilo, se me permite, é este. Eu procuro ser sério, mas não sou sisudo. Quem me conhece sabe disso. Realista, mas não sou pessimista. Calmo, mas, não omisso. Otimista, mas não leviano. Monitor, não centralizador. Aqui está todo o meu secretariado para dar o testemunho de que eu não sou centralizador.
O pessoal, o pessoal de Brasília, sorri ironicamente. Mas o pessoal de São Paulo acredita nisso. Os que convivem comigo acreditam que eu não sou centralizador. Eu sei que é difícil passar essa ideia, mas é a verdadeira.
Eu acho que os governos, como as pessoas, têm que ter personalidade, têm que ter brio profissional. E eu sempre me empenhei em formar boas equipes de trabalho. Desde quando fui líder estudantil, pesquisador fora, no exterior, professor universitário,
secretário de Economia e Planejamento do (Franco) Montoro, no Congresso Nacional, nos Ministérios do Planejamento e da Saúde do governo Fernando Henrique, na Prefeitura da capital e agora no Governo do Estado.
Além das qualidades de cada um dos seus integrantes, que são imensas, a boa equipe necessita de um norte claro, sempre claro de quem está no comando. Necessita do acompanhamento próximo das formulações e da execução das ações. Necessita do incentivo para inovar, do apoio nos momentos mais difíceis e do desestímulo aos possíveis e previsíveis conflitos entre os seus integrantes, o que é natural. Eu sempre tive aversão àquelas teses de dividir para governar. Trazer, convidar fulano para se contrapor a sicrano. Em vez de ter uma resultante positiva perde se e já se perdeu muito na vida pública brasileira em razão dessa verdadeira anomalia do dividir para governar. (Isso) prejudicou muito a política e a administração no nosso país.
Aqui na nossa equipe de governo, sem exceção, pouco importa o papel de cada um. Todos têm liberdade para trabalhar, para aparecer. Agora, todos repudiamos o conformismo, conformismo imobilista. Procuramos sempre alargar os limites daquilo que é percebido como possível, que é o lema do meu governo. Brio profissional significa preparo, coragem, inconformismo, inovação, luta permanente para construir um presente e um futuro melhor para o nosso povo.
Mas eu acho também que o governo, como as pessoas, tem que ter alma, minha gente. Aquela força imaterial que os impulsiona e diz a forma, alma. A nossa alma, a alma deste governo que inspira todas as nossas ações, essa vontade de melhorar a vida das pessoas que querem uma chance, que dependem de um trabalho honesto para viver, que estão desamparadas, é essa vontade de criar condições para que todos possam se realizar na plenitude das suas possibilidades, que tenham oportunidade de estudar, de ter acesso à cultura, de trabalhar com saúde física e espiritual. Essa é a vontade, esta é a nossa alma, é a alma do nosso governo.
Os governos, como as pessoas, têm que ter sensibilidade para agir e compensar as desigualdades. O nosso governo é um governo popular, que se orgulha de ampliar o bem estar e as oportunidades dos mais pobres com seus programas sociais como o Viva Leite, Renda Cidadã, o Quero Vida, dos idosos, o Ação Jovem, o Bom Prato, as Escolas Técnicas, o Programa de Qualificação do trabalhador, o Emprega São Paulo, o piso salarial - que é bem maior do que o mínimo nacional.
Na crise nós agimos com rapidez e geramos, apenas em São Paulo, quase um milhão de empregos diretos e indiretos com os nossos investimentos. Com isso, estamos alavancando o desenvolvimento e oferecendo trabalho, ocupação para as pessoas. Este governo, que é um governo popular, se orgulha de retribuir renda também por intermédio da ampliação qualitativa, que é muito importante e quantitativa, do atendimento à saúde, da educação, do transporte coletivo, das novas moradias, da cultura, do esporte, do meio ambiente mais saudável.
Os governos, como as pessoas, têm de ser solidários e prestar atenção às grandes questões que dizem respeito ao futuro do país e do mundo. Mas também adotar as medidas que respondem aos problemas aparentemente pequenos das pessoas. Para elas, como eu disse sempre, aqueles pequenos problemas são sempre muito grandes. Olha, um dos momentos mais emocionantes do meu governo foi quando eu visitei um projeto habitacional que nós criamos, as Vilas Dignidade. Moradias decentes para idosos abandonados tomarem conta da suas vidas com assistência das prefeituras locais.
Lembro me também, e este foi insuperável, das plataformas nas praias, das cadeiras especiais que permitem às pessoas com deficiência tomar um banho de mar. Até isso nós fizemos. Vão dizer: É uma coisa pequena… Pois, para essas pessoas, é uma coisa imensa! Quem dera a vida fosse para todos nós o primeiro banho de mar.
Governos, como as pessoas, têm que ter compromisso com a responsabilidade e com a felicidade. Este é o fio condutor da nossa ação. Sabem qual foi o outro grande momento do nosso governo?
Foi ontem, na inauguração do Rodoanel, do trecho sul. Não foi apenas um grande momento devido a obra que, aliás, expressa o que a nossa engenharia tem de melhor. Ver para crer. Mas, quando eu visitei o canteiro, tempos atrás, eu sugeri, nem lembro para quem, falei para o Mauro Arce, falei para o pessoal que estava lá, que fosse feito e exibido um painel ao lado do memorial que eles fizeram com o nome dos milhares de trabalhadores que fizeram a obra. O nome deles.
E quando eu fui lá ontem, francamente, eu nem sabia que esse painel, este muro, já tinha ficado pronto. Mas a emoção me dominou quando, no fim da solenidade de inauguração, aquela onda, a movimentação, o operário me pegou e me mostrou, orgulhoso, onde estava o nome dele. “Olha, meu nome está aqui”.
Eu não pude deixar de me lembrar de uma poesia do Vinícius de Morais, que eu, espero que acreditem, eu também fiz teatro, não é? Fui diretor de teatro na Escola Politécnica. E lá nós tínhamos os jograis, jograis nacionais de São Paulo e os da Politécnica.
Aprendi muita poesia. Eu me lembrei de uma poesia do Vinícius que eu sabia de memória, até hoje eu sei quase toda de memória. Chamada “O Operário em Construção”. Ele dizia: “Pareceu me, então, que até aquele momento ele, o operário, desconhecia esse fato extraordinário, que o operário faz a coisa e a coisa faz o operário. Casa, cidade, nação… Tudo o que existia era ele quem o fazia, ele, um humilde operário, um operário que sabia exercer a sua profissão. Eu me senti muito realizado, muito emocionado e pensei comigo: “Olha…Valeu à pena”.
Mas voltando à questão do governo, eu quero dizer que eu acredito piamente no planejamento. Nós organizamos as finanças do Estado. Praticamos uma rigorosa austeridade fiscal. Herdamos nesse aspecto e renovamos os padrões do nosso querido e saudoso Mário Covas e do Geraldo Alckmin.
Recebemos deles a herança bendita de um estado financeiramente arrumado. Eu quero expressar o meu reconhecimento público à memória de um e ao outro que está aqui presente.
A austeridade…
Austeridade para nós não é mesquinharia econômica não, austeridade é cortar desperdícios, reduzir custos precisamente para se fazer mais com aquilo que se dispõe. Não é para guardar o dinheiro numa burra e deixar longe das necessidades. Pelo contrário: é para extrair mais de cada unidade de dinheiro, de cada real. Mais ainda, a nossa área econômica dedicada e criativa conseguiu ampliar os recursos sem aumentar impostos, apesar de todas as reclamações contra o secretário da Fazenda Mauro Ricardo. O que ele fez foi combater a sonegação, não aumentar imposto. Pelo contrário, diminuímos a carga tributária individual e desoneramos setores chaves da nossa economia, como a indústria têxtil ainda no começo desta semana.
Foi por isso mesmo que nós conseguimos, em valores nominais, triplicar os investimentos do governo de São Paulo nesses quatro anos. Multiplicar por três.
Fizemos investimentos. Vejam bem, não gastança. O maior investimento da nossa história, aproximadamente 64 bilhões de reais até o final deste ano. E com prioridades. Há uma constatação que é terrível aqui no Brasil, segundo a qual os governos investem pouco em saneamento porque se trata de dinheiro enterrado. Pois este é um governo que não hesitou em enterrar e vai enterrar até o final deste ano perto de sete bilhões de reais em saneamento. E ao fazê lo, está semeando saúde e renovando o seu compromisso com o avanço do Estado e do País.
Nenhum compromisso com a sociedade espetáculo, compromisso com a saúde do nosso povo, o nosso Meio Ambiente. Aliás, a prioridade à saúde se traduziu em dez novos hospitais na rede pública. Dez novos hospitais estaduais, novas fábricas de remédio e de vacina, ampliação do programa do remédio de graça, que é o Dose Certa. Ampliação da distribuição de medicamentos de alto custo. A montagem desta rede de Ambulatórios Médicos de Especialidades, uma inovação na saúde brasileira. Nós pensamos e agimos sempre voltado a coisas da saúde, do emprego, da educação, da segurança. Fizemos um enorme esforço para ampliar a infraestrutura do desenvolvimento: o Rodoanel, estradas vicinais, metrô, trens, porque tudo isso é importante para a expansão da produção, do emprego e do conforto daqueles que dependem de transporte coletivo. Não só infraestrutura para hoje, mas infraestrutura também para o futuro pelo que traz de condição para o Estado e o Brasil progredirem. Eu, na gestão pública, acredito no mérito, na gestão por resultados e na educação. Pela primeira vez no Brasil foram fixadas metas de avanço escola por escola. Cada escola do Estado foi objeto de uma meta pré fixada a cada ano.
E os professores e servidores estão ganhando mais, ganharão mais e progredirão na carreira, segundo o seu próprio esforço e o seu desempenho. Nós demos prioridade à melhoria da qualidade do ensino, que exige reforçar o aprendizado na sala de aula. Sala de aula esta onde eu estive presente, sempre, na Prefeitura e no Estado dando aula para a quarta série do ensino fundamental. Cada vez numa escola. Foi lá que, fora a teoria, a leitura e as observações, eu me convenci de que o problema número um do ensino é o aprendizado na sala de aula: prédios, merenda, transporte escolar, uniformes, material escolar. Tudo isso é muito importante, mas nada substitui a qualidade da sala de aula. Isso eu aprendi dando aula para a garotada. Inclusive os materiais de estudo e os guias para professores que nós preparamos vieram desta minha observação direta. Porque os alunos não tinham por onde estudar e os professores não tinham um guia que pudesse orientá los. Este fez parte do grande Programa Ler e Escrever, da Maria Helena Guimarães de Castro e tão bem consolidado e ampliado pelo Paulo Renato.
Mas nós demos também uma imensa prioridade ao ensino técnico, mais do que dobrando as vagas nas Escolas Técnicas e as unidades das Faculdades de Tecnologia. Implantamos novos cursos. Só nas Escolas Técnicas são 84 variedades de cursos adaptados às realidades regionais. Nós encontramos setenta e tantos mil alunos e vamos deixar mais de cento e setenta mil vagas. Nas Faculdades de Tecnologia, encontramos 26. O Alckmin passou de nove para 26. E nós levamos de vinte e seis para mais de 52 neste período de governo. Não é à toa que aqui em São Paulo se diz: este é o ensino que vira emprego.
E nós fizemos isto tudo porque acreditamos em prioridades. Washington Luiz foi, antes de ser presidente, governador de São Paulo. Presidente da província. Tem os quadros dele aqui no Palácio, seus retratos. E ele dizia que governar era abrir estradas. Mas, para nós, hoje, o lema não é governar é abrir estradas, o lema é outro: governar é saber quais estradas nós vamos abrir. Governar é saber quais estradas vamos abrir de asfalto, terra, cimento e para onde. E metaforicamente, quais estradas nós vamos abrir na saúde, na educação, na segurança ou no saneamento. Eu, todos que me conhecem, me acompanham sabem disso, acredito muito em inovação. E foi imensa a ênfase que temos dado às pesquisas que servem não apenas para São Paulo, mas, ao Brasil. Um instituto como o agronômico de Campinas era o único instituto de pesquisa agropecuárias que havia no Brasil até a criação da EMBRAPA, nos anos 70. O João Sampaio e o Xico Graziano, provavelmente exagerando, me diziam que 60 a 70% das variedades agrícolas produzidas hoje no Brasil tiveram a marca do Instituto de Agronomia de Campinas, que foi criado por D. Pedro II. São Paulo sempre teve atividades de pesquisa que serviram ao Estado e ao nosso País.
Nós turbinamos as pesquisas na saúde, na agropecuária e no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), num trabalho iniciado pelo Goldman, quando foi Secretário de Desenvolvimento. O IPT que é um instituto de excelência nacional e internacional e que tem, por exemplo, como seu principal cliente hoje a Petrobras, está recebendo os maiores investimentos de toda a sua história. São 150 bilhões de reais quando este ciclo ficar completo. Vão ter efeitos que vão se estender por décadas no nosso Estado e no Brasil.
Na nanotecnologia, em pesquisas sobre materiais leves, na Bioenergia e tantas outras coisas. Mas, no governo, nós praticamos também e intensamente as inovações. Inovações que vão da Nota Fiscal Paulista aos avanços do Governo Eletrônico, da ambiciosa Lei de Mudanças Climáticas de São Paulo que é a mais avançada do hemisfério Sul, ao moderno Instituto do Câncer, onde se faz pesquisa também. E a solução criativa e inovadora, eu insisto, dos Ambulatórios Médicos de Especialidades.
Da inovação do ensino técnico feito em salas de aula ociosas nas escolas estaduais e municipais ao novo centro de reabilitação, a nova rede de reabilitação Lucy Montoro, criada pela nossa secretária Linamara. Reabilitação para o deficiente físico: são quatro milhões no Estado de São Paulo. Inovações que vão da Universidade Virtual, cujos cursos já começaram, aos dois professores por sala de aula na primeira série do Ensino Fundamental. Inovações que vão do acesso à escola ao protocolo agroambiental que está terminando com as queimadas na lavoura da cana de açúcar e chega à linha de financiamento inovadora, nova, diferente: a Economia Verde, que foi aberta há poucas semanas. Inovações que vão da expansão e da melhora da qualidade da defesa do consumidor e ao novo e bem sucedido modelo da Fundação CASA, antiga Febem. Que vão da Virada Cultural aos museus do Futebol, ao Catavento que é tecnologia para crianças e adolescentes e ao Museu da História de São Paulo, que está sendo feito.
Do programa de recuperação da Serra do Mar, em Cubatão, às novas escolas de dança e teatro e a essa extraordinária Biblioteca São Paulo. Lá onde era o Carandiru, o lugar que vale à pena visitar para ver o que é que se fez em matéria de acessibilidade de biblioteca às pessoas com deficiência física.Inovação que vai das novas modalidades da CDHU às câmaras de monitoramento da segurança e a proibição do fumo em ambientes públicos fechados.
O Goldman, depois dessa, não pôde mais fumar nem no banheiro do seu gabinete. Pelo menos, as câmeras postas secretas lá mostraram que ele interrompeu isso, ele não sabe, agora ficou sabendo que tinha câmeras secretas olhando. Mas, os filmes todos são destruídos a cada dia, não se preocupe. Inovações que vão de um novo modelo de diagnóstico por imagens, né? Aquele modelo em que numa sala ficam concentrados grandes especialistas em análise de imagem da saúde fazendo o diagnóstico para o Estado inteiro em coisa de minutos. Uma economia imensa de recursos e um aumento imenso da eficiência. Que vão desta inovação ao que nós fizemos na verdadeira remodelação de toda a rede de estradas vicinais do Estado de São Paulo que os prefeitos conhecem tanto e sabem da importância que têm.
Governos têm que fazer isso mesmo. Botar o Estado para funcionar. Nós trabalhamos pesado nisso. E digo mais, com a ajuda dos servidores, dos verdadeiros servidores. Nós ganhamos produtividade em todas as áreas, na educação estão aí os resultados do Idesp - Índice de Desenvolvimento da Educação em São Paulo.
Na saúde, pesquisa recente feita diretamente com os usuários a respeito dos hospitais do SUS em São Paulo mostrou que a nota média dada é de 8,65 de índice de satisfação. Nos transportes, pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes mostrou que as dez melhores estradas do País estão em São Paulo e que 75% das nossas estradas são consideradas ótimas ou boas pelos usuários.
Mas, nada disso aconteceu por acaso. Aconteceu porque o governo planejou. Aconteceu porque o governo contou com o esforço e competência dos seus funcionários Funcionários que são servidores públicos de verdade, na melhor acepção da palavra e que dão o melhor de si quando recebem o incentivo de trabalho e dedicação dos dirigentes governamentais. Esta é a verdade.
Não há funcionário, servidor público que consiga trabalhar direito, se o exemplo não vem de cima. E, este exemplo, nós demos no cotidiano do nosso trabalho.
Eu acredito que a essência do Governo… Qual é a essência do Governo? É garantir a vida. É garantir os bens. Garantir a liberdade. Estes são direitos fundamentais do cidadão e da cidadã nos marcos do Estado de Direito. Agora, o direito à vida envolve muitas coisas, várias dimensões. Uma delas é a da preservação e a promoção da segurança pública. Nesta dimensão eu quero reafirmar que São Paulo inverteu, desde o final da década passada, dos anos 90, o aumento da criminalidade que é uma tendência nacional. Em dez anos, a redução da taxa de homicídios foi de 63%. Ou, segundo outros cálculos, até mais do que isso. Nos últimos três, foi de 27% o declínio. O esforço financeiro que nós fizemos nessa área tem sido enorme. O orçamento da Secretaria da Segurança Pública aumentou em mais de 40% do começo do nosso governo para cá.
Nós aceleramos a marcha do reaparelhamento tecnológico, reaparelhamento intelectual e moral das Polícias. Fortalecemos a sua reputação moral e profissional. Em primeiro lugar, mediante o reconhecimento do valor precioso de quem se dedica a proporcionar segurança ao povo correndo cotidianamente risco de vida. Quando foi o caso, nós promovemos sistemática investigação, apuração e, se necessário, afastamento dos maus elementos. Nós envolvemos a ação policial na recuperação de vizinhanças com forte presença do crime, organizando a Virada Social, em parceria com entidades não governamentais tão respeitadas quanto o Sou da Paz, que é nosso parceiro no trabalho da boa segurança em São Paulo. Do mesmo modo, contivemos os riscos da condução de veículos sob o efeito de bebidas alcoólicas, com resultados expressivos. Quero dizer, falando em Estado de Direito, que eu confio muito na democracia e o ingrediente dela é a relação entre os poderes. Aqui, a nossa relação com o Legislativo é transparente, em favor da população. No lugar de nomeações e cabides de emprego, a corresponsabilidade pelo investimento em todas as cidades do Estado. No nosso governo, deputados não nomeiam, nem nomearam, diretores de empresa ou secretários. No nosso governo, deputados ajudaram a estabelecer as prioridades para o desenvolvimento de São Paulo e o bem estar das pessoas.
Ficará registrada na história da Assembléia Legislativa e na biografia do nosso Chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes, com louvor, a grande produção Legislativa desse período. Por seu vulto e a sua relevância na vida dos paulistas. As principais iniciativas do governo foram, além de acolhidas, aprimoradas mediante emendas, sugestões, críticas e uma atitude positiva do conjunto dos nossos deputados.
Orgulho-me também da relação de respeito, cooperação e diálogo com o Tribunal de Justiça, com o Ministério Público de São Paulo e com o nosso Tribunal de Contas. Devo dizer, inclusive, que esta relação envolveu a substancial e possível expansão de obras e recursos orçamentários visando a modernização das suas práticas e serviços, tão essenciais à vida das pessoas e à nossa democracia. Mas quero, acima de tudo, hoje aqui dizer obrigado São Paulo. Pela chance que me foi dada… De governar um Estado como esse… Obrigado aos brasileiros que aqui nasceram ou que aqui residem por terem me dado a chance de tornar melhor a vida de milhões de pessoas. E de ter me tornado, por isso, eu acredito, um homem melhor do que eu era. Eu aprendi muito nesses 39 meses.
Aliás, a minha linha do tempo, desde criança até hoje, sempre foi preenchida por aprendizado. Eu não canso nunca de aprender. Eu sou um curioso insaciável pelas coisas da vida, pelo que acontece na sociedade. E quero dizer que eu aprendi muito com essa minha equipe do Governo de São Paulo. Por quê?
Porque eu sempre apreciei o valor da humildade intelectual. Humildade que foi muito bem sugerida por Guimarães Rosa. Nosso grande escritor mineiro disse: “Mestre não é quem ensina, mestre é quem, de repente, aprende”. Eu exerci o poder neste Estado sem discriminar ninguém. Os prefeitos sabem que sempre encontraram neste governador um interlocutor cujo norte era a defesa de políticas de Estado, independentemente da coloração partidária. No meu governo, nunca se olhou a cor da camisa partidária de prefeitos ou de parlamentares. Nunca. A cor da camisa do time de futebol até que se olhou, mas sem conseqüências, como demonstra o fato de que nesse secretariado há apenas dois palmeirenses. Dois. Três. Mas, voltando, nossos parlamentares, nossos opositores sabem desta nossa postura. Nossos administradores municipais não deixaram de testemunhar nossa atitude voltada a servir o interesse público. No Governo, a gente serve ao interesse público, nosso às máquinas partidárias, não à máquina do partido. Nós governamos para o povo e não para partidos.
Na minha vida pública, eu já fui Governo e já fui oposição. Quando nós criamos o PSDB, éramos oposição por todos os lados. Mas, de um lado ou do outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas. Nunca investi no “quanto pior melhor”. Os meus colegas de partido sabem disso. Nunca exerci a política do ódio. Sempre desejei o êxito administrativo dos adversários quando no poder, pois isso significa querer o bem dos cidadãos, dos indivíduos. Uma postura que nunca me impediu de apresentar sugestões, até aos adversários quando no poder, e estimular que os nossos aliados fizessem, nos fóruns adequados, o embate político e o exercício democrático das diferenças.
Estes mesmos adversários, além dos aliados, podem atestar, jamais incentivei o confronto gratuito. Jamais mobilizei falanges de ódio. Jamais dei meu apoio a uma proposta, a uma ação política, porque elas seriam prejudiciais aos meus oponentes. Não sou assim. Não ajo assim. Não entendo assim o debate político.
E nisso não vou mudar. Ainda que venha ser alvo dessas mesmas falanges. Ao eventual ódio, eu reajo com serenidade de quem tem São Paulo e o Brasil no coração.
E que ninguém confunda esse amor com fraqueza. Que ninguém confunda esse amor com fraqueza. Ao contrário, esse amor é a base da minha firmeza, é a base da minha luta, ele orienta as minhas convicções. Outro dia me perguntaram se eu estaria triste de deixar este Governo e esta equipe também. Como é que eu poderia não estar triste? Gostaria até de prorrogar uns dias mais, mas estão aí os tribunais eleitorais devidamente rigorosos. Mas, dessa maneira eu não poderia deixar de estar triste pela saída. Mas, olhem, considerando o que a gente tem pela frente, considerando a tranquilidade que eu tenho na condução do Governo de São Paulo pelo(Alberto) Goldman e a nossa equipe, considerando os desafios que vamos encontrar, aí eu também me sinto alegre. Quando olho para trás e vejo que foi minha vida até agora repleta de muitas incertezas, riscos, desafios, meu espírito, francamente, se fortalece.
Lembro da minha infância, adolescência, num bairro operário, quando fui presidente da União Estadual dos Estudantes, aos 20, 21 anos, do exílio aos 22 anos de idade - só voltei ao Brasil com 36. Da UNICAMP, do Governo (Franco) Montoro, quando nós reconstruímos o Estado e demos a grande luta das Diretas (Já), lembro do auxílio que dei ao plano de Governo do Tancredo. O nosso querido Tancredo Neves. A Constituinte, a Câmara Federal. O Plano Real. O Senado. O Ministério do Planejamento e o Ministério da Saúde. Graças à confiança do Fernando Henrique(Cardoso). A Prefeitura da capital. A honra de ter sido o primeiro Governador eleito no primeiro turno na história de São Paulo.
Olhando para trás e vendo tudo o que participei, tudo o que tivemos, que fizemos, sinto ganhar bastante força para esta etapa seguinte, a etapa que nos espera. Vou ingressar nela, vou ingressar nessa etapa com muita disposição, com muita força, com muita confiança, muita fé, muita sinceridade e muito trabalho. Quero agradecer ao povo de São Paulo por essa confiança.
Até 1932, nosso Estado, em seu brasão, ostentava aquela frase em latim “não sou conduzido, conduz”. Esse era o lema de São Paulo, até a Revolução Constitucionalista de 32. Mas, desde então, a divisa mudou. A divisa passou a ser: “Pelo Brasil, façam se as grandes coisas”. É o papel, é o destino de São Paulo, construído por brasileiros de todas as partes do Brasil. E esta é também a nossa missão. Vamos juntos, o Brasil pode mais!
Olha, evidentemente alguma coisa tinha que ter ficado fora e eu vou corrigir a injustiça agora. Uma coisa que viabilizou o nosso Governo foi a nossa Advocacia, hoje chamada Procuradoria do Estado. Modernamente se chama assim, mas é a Advocacia do Estado que defende os interesses de São Paulo. Eu deixei de mencionar o grande condutor dessa Procuradoria, que é o Marcos Nusdeo, que conquistou para nós vitórias memoráveis no plano jurídico.
(no mezanino falando com o público)
Meus amigos, minhas amigas, nem sei o que dizer. Estou inteiramente dominado pela emoção. Muito difícil de articular frases para um discurso. Estou dizendo isto aqui com muita sinceridade. Quero agradecer imensamente a cada um de vocês, cujo valor da presença, inclusive, aumentou pelo fato de que não havia mais lugar no nosso auditório Ulysses Guimarães. Isto torna o entusiasmo, a alegria, a presença muito mais valiosos para mim.
Eu disse já e vou repetir aqui, eu não estou na vida pública, não persegui posições de poder por causa do prestígio, por causa da notoriedade, por causa da badalação, para ser o centro das atenções que caracterizam o exercício do poder, eu não estou na vida pública, por causa disso, sinceramente. Eu estou na vida pública por outro motivo. Eu estou na vida pública desde os 20 anos de idade para contribuir para que o nosso País mude para melhor! Para contribuir para que a desigualdade no Brasil seja reduzida. Para que nós ofereçamos oportunidades a quem precisa estudar, que quer estudar, quem precisa de um emprego ou às pessoas que estão desamparadas. A minha batalha é por essa abertura de oportunidades, ao nosso povo, que é um povo que não pede muito, é um povo trabalhador, honesto, que o que pede é oportunidade. E é esta igualdade de oportunidades que é o norte da minha atuação na vida pública.
E eu me sinto, depois de ter estado 39 meses à frente do Governo de São Paulo, revigorado, fortalecido porque nós fizemos as coisas acontecerem em São Paulo. Isso é o maior prêmio que eu poderia receber na minha vida. Fazer as coisas boas acontecerem. E elas não concluíram. Nós temos ainda nove meses de inaugurações. Temos nove meses de obras. Temos nove meses de inovações. Agora sob a condução de um homem preparado, que tem uma história digna de vida e tem uma militância de homem patriota, de homem que lutou pela democracia nos momentos quando lutar pela democracia significava prisão, senão, morte, o que aconteceu com muitos. Um homem que me acompanhou sempre no Governo e que, nos últimos quinze meses, esteve diretamente ao meu lado lidando com todas as questões do futuro e do dia a dia de São Paulo. De maneira que o nosso governo vai até 31 de dezembro. Agora, eu deixo, em função de uma nova etapa da minha vida, mas, quero dizer a vocês que se a minha terminasse hoje, eu me sentir ria recompensado por tudo aquilo que pude fazer.
Meus amigos, minhas amigas, nem sei o que dizer. Estou inteiramente dominado pela emoção. Muito difícil de articular frases para um discurso. Estou dizendo isto aqui com muita sinceridade. Quero agradecer imensamente a cada um de vocês, cujo valor da presença inclusive aumentou pelo fato de que não havia mais lugar no nosso auditório Ulysses Guimarães. Isto torna o entusiasmo, a alegria e a presença muito mais valiosos para mim.
Eu disse já e vou repetir aqui. Eu não estou na vida pública, não persegui posições de poder por causa do prestígio, por causa da notoriedade, por causa da badalação, para ser o centro das atenções que caracterizam o exercício do poder. Eu não estou na vida pública por causa disso, sinceramente. Eu estou na vida pública por outro motivo. Eu estou na vida pública desde 20 anos de idade para contribuir para que o nosso país mude para melhor!
Para contribuir para que a desigualdade no Brasil seja reduzida. Para que nós ofereçamos oportunidades a quem precisa estudar, quem quer estudar, quem precisa de um emprego ou às pessoas que estão desamparadas. A minha batalha é por essa abertura de oportunidades ao nosso povo, que é um povo que não pede muito, é um povo trabalhador, honesto, que o que pede é oportunidade. E é esta igualdade de oportunidades que é o norte da minha atuação na vida pública.
E eu me sinto, depois de ter estado 39 meses à frente do governo de São Paulo, revigorado, fortalecido, porque nós fizemos as coisas acontecerem em São Paulo.
Isso é o maior prêmio que eu poderia receber na minha vida. Fazer as coisas boas acontecerem. E elas não concluíram. Nós temos ainda nove meses de inaugurações. Temos nove meses de obras. Temos nove meses de inovações. Agora sob a condução de um homem preparado, que tem uma história digna de vida e tem uma militância de homem patriota, de homem que lutou pela democracia nos momentos quando lutar pela democracia significava prisão, senão, morte, o que aconteceu com muitos. Um homem que me acompanhou sempre no governo e que, nos últimos quinze meses, esteve diretamente ao meu lado lidando com todas as questões do futuro e do dia-a-dia de São Paulo. De maneira que o nosso governo vai até 31 de dezembro. Agora, eu o deixo, em função de uma nova etapa da minha vida. Mas quero dizer a vocês que se a minha vida terminasse hoje, eu me sentiria recompensado por tudo aquilo que pude fazer, me sentiria gratificado. Por tudo o que aprendi, por tudo o que fiz, por tudo o que eu contribui.
E, olha, se conseguimos fazer isto tudo, fazer todas essas coisas que eu citei no meu discurso, ou coisas que vocês sabem que não deu tempo nem de citar, se eu consegui fazer tudo isso foi porque nós contamos com o povo de São Paulo, do qual vocês que aqui estão são, neste momento, os representantes. Vocês, com esta alegria, esse entusiasmo.
E olhem, vocês, as pessoas comuns, as pessoas que vivem no seu trabalho, vocês, os vereadores de São Paulo, que eu deixei de mencionar no meu discurso, não porque não pensasse neles, porque estou tão acostumado a tê los do lado que, às vezes, a gente pensa que eles estão integrados à nossa personalidade e às minhas palavras. Mas, todos aqueles que militam no Legislativo, na administração pública municipal, na administração estadual, no setor privado, todos os paulistas nascidos ou não em São Paulo que ajudaram a viabilizar esta nossa obra, que é uma obra do povo de São Paulo.
Quando ontem eu fui ao Rodoanel, eu tinha dado a idéia, como disse no discurso, de se fazer um painel com o nome de todos os trabalhadores do Rodoanel. Aí eu percebi como aquele operário, a partir do momento em que o seu nome foi fixado lá e que ele me levou para mostrar, ele teve a consciência de que quem constrói São Paulo, quem constrói o seu desenvolvimento, quem ajuda o Brasil são aqueles que trabalham no dia-a-dia, de maneira honesta, de maneira sacrificada.
E que são os verdadeiros artesãos. Cada um deles é um verdadeiro artesão da construção do nosso Estado, do nosso país. E da construção, da elaboração daquelas coisas capazes de melhorar a vida das pessoas. De melhorar, de aumentar a felicidade das pessoas. E a minha vida está dedicada a isso. Eu só estou feliz quando estou contribuindo para a felicidade alheia. Estejam certos de que hoje eu saio muito gratificado neste encontro comigo mesmo. Muito obrigado!