sexta-feira, 13 de maio de 2011

12 donos de postos de Londrina formavam cartel, diz relatório

JORNAL DE LONDRINA, 13 de maio de 2011


Um relatório da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, divulgado nesta quarta-feira (11) no Diário Oficial, concluiu que os postos de combustíveis de Londrina teriam formado um cartel com prática anticorrencial e lesiva aos consumidores da região entre os anos de 2006 e 2007.

No relatório, a secretaria pede a condenação de 12 proprietários de postos já indiciados pela Polícia Civil do Paraná no começo do ano passado. As penas podem variar entre dois a cinco anos de reclusão ou multa.

As investigações da polícia apontam ainda que o grupo ameaçava concorrentes que se recusavam a participar do esquema.

Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, o parecer com pedido de condenação já foi enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Os investigados podem ter que pagar multa de até 30% do valor do faturamento de cada um dos postos. Também foi pedido que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) cancele as respectivas autorizações de funcionamento.

A reportagem tentou contato várias vezes no celular no presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, mas ele não atendeu às ligações. O JL também fez contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para mais informações, mas não recebeu retorno.

Investigação - Em agosto de 2007, a Polícia Civil do Paraná deflagrou uma operação batizada de Medusa III, com o objetivo de desmontar uma quadrilha que seria responsável pelo cartel que controlava os preços dos combustíveis em Londrina. No total, 14 pessoas foram presas suspeitas de participar do esquema.

Na ocasião, o então secretário estadual da Segurança, Luiz Fernando Delazari, disse que "28 postos de Londrina e região combinavam preços. Os donos eram obrigados, às vezes com violência, a aumentar os preços".

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