quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ex-prefeito de Bauru é preso pela terceira vez

TERRA, 26 de maio de 2011


O ex-prefeito de Bauru - a 345 km de São Paulo - Antônio Izzo Filho foi preso na manhã desta quinta-feira por agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade. Ele é acusado pelo crime de concussão, que, de acordo com Código Penal, é o ato de exigir para si ou para outra pessoa dinheiro ou vantagem em razão da função que exerce. Esta é a terceira vez que Izzo Filho vai para a prisão.

O mandado de prisão foi emitido no dia 16 de maio pela 2ª Vara Criminal de Bauru, mas só foi cumprido nesta manhã. Izzo foi condenado a cinco anos de prisão, em decisão da qual não cabe recurso. De acordo com a Polícia Civil de Bauru, o ex-prefeito foi preso em sua casa e não esboçou reação. O cumprimento do mandado foi realizado pelo delegado Carlos Alberto Gomes Rocha da Silva.

O advogado do ex-prefeito, Ailton José Gimenez, informou que está fora da cidade, mas que teve contato com seu cliente via telefone pela manhã. "Infelizmente, é necessário prender para depois soltar, existe sim uma condenação, mas diversos recursos e medidas judiciais estão pendentes no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a gente pede inclusive a redução da pena", explica.

Gimenez entende que o juiz da 2ª Vara Criminal de Bauru que tomou a decisão de expedir esse novo mandado de prisão não tem competência para julgar o caso. "A gente acredita que, pela pena já cumprida, pelo cumprimento de penas indevidas em processos extintos, o nosso cliente tem, sim, o direito de continuar a responder ao processo em liberdade", afirma.

O advogado explica que, no momento que o processo for remetido à Vara Criminal que tem competência para julgar o caso, Izzo Filho será liberado para voltar para casa. O advogado adiantou que não há previsão para que o ex-prefeito seja novamente libertado.

Histórico - Essa é a terceira vez que Izzo Filho vai parar atrás das grades. Condenado a seis anos em regime fechado sob a acusação de exigir contrapartida para pagar os débitos da prefeitura em sua primeira gestão, em 1991, ele passou quatro anos na prisão. Também ficou preso alguns meses em decorrência da condenação por desvio de finalidade nos recursos de um projeto habitacional. Em setembro de 2009, o ex-prefeito de Bauru foi preso novamente sob a acusação de participar de um esquema de cobrança de propina de uma empresa de transporte coletivo - a extinta Empresa Circular Cidade de Bauru (ECCB).

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