sexta-feira, 20 de maio de 2011

Em Londrina, Justiça prorroga prisão temporária de contadores

JORNAL DE LONDRINA, 20 de maio de 2011

Flávio Martins e Antônio Carlos Martins, que estão presos desde segunda, ainda não prestaram depoimento ao Gaeco. A prisão deles, que venceria nesta sexta, foi prorrogada por mais cinco dias


Os contadores Flávio Martins e Antônio Carlos Martins, presos na segunda-feira (16), pela Operação Antissepsia, tiveram a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias pela Justiça. O depoimento deles, que havia sido agendado para a manhã desta sexta-feira (20), foi remarcado para a próxima segunda (23), já que os dois alegaram problemas de saúde e não compareceram á sede do Gaeco.

Os dois contadores, que são irmãos, tinham um escritório na cidade de Bandeirantes e prestavam serviços para as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) Atlântico e Gálatas, que são investigadas por um suposto desvio de recursos do setor da saúde. Os presos teriam emitido notas fiscais frias para que os institutos recebessem por trabalhos não realizados.

O servidor público municipal Gilberto Alves de Lima, 20º preso pela Operação Antissepsia, na terça-feira (17), não terá a prisão temporária prorrogada e deve ser solto neste sábado (21). Segundo o Gaeco, Lima teria ligação com Marcos Ratto, membro do Conselho Municipal de Saúde que está preso há uma semana.

O advogado Petrônio Cardoso, que apresentou Gilberto Alves de Lima ao Gaeco, afirmou no início da semana que o cliente foi preso porque o nome dele foi usado para que o instituto Gálatas fizesse três pagamentos a Marcos Ratto, no valor de R$ 1.500 cada (totalizado R$ 4.500). Os valores corresponderiam aos meses de fevereiro, março e abril e Cardoso não soube informar a título de que eles foram feitos.


Mulher de ex-procurador
da prefeitura recebeu
R$ 3 mil de empresário
BONDE, 20 de maio de 2011

Bruno Valverde, proprietário do Instituto Atlântico, prestou novo depoimento para o delegado do Gaeco, Alan Flore, na tarde desta sexta-feira (20). Esta foi a sexta vez que o empresário foi confrontado por autoridades policias desde o início da Operação Antissepsia, em que 20 pessoas foram presas acusadas de participar de um esquema de desvio de dinheiro da área da saúde de Londrina.

Valverde foi questionado sobre a compra de uma empresa em associação com o ex-procurador-geral do município, Fidélis Canguçu. O caso passou é um desdobramento da Operação Antissepsia, mas o conteúdo ainda é mantido em sigilo. Bruno Valverde não quis falar com a empresa.

No entanto, coube ao advogado dele, Vinicius Borba, a revelação de que depósitos foram feitos na conta da esposa de Fidélis Canguçu. "O pedido foi feito através do esposo, Fidélis Canguçu. Uma vez foi depositado na conta dela (Joelma Canguçu). Foram R$ 3 mil por motivo de extorsão", explicou.

Borba justificou que o pagamento ocorreu por meio de extorsão, já que o órgão precisa manter o pagamento salarial para seus empregados. O promotor Claudio Esteves não quis adiantar o caso, mas ratificou a existências de pagamentos de propinas. "Há evidências importantes que houve pagamento de propina para agentes públicos", disse.

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