AGÊNCIA SENADO, 19 de abril de 2011
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (19), que o Senado precisa apurar as denúncias publicadas na última semana pela revista Veja sobre os motivos que teriam levado o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva a desistir da indicação de Cesar Asfor Rocha ao Supremo Tribunal Federal (STF). O senador quer que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) convoque os envolvidos para prestar depoimento.
De acordo com a revista, após receber Cesar Asfor, então presidente do Superior Tribunal de Justiça, em audiência, e comunicar que o havia escolhido para a vaga que seria aberta no STF, o presidente Lula teria sido informado de que o ministro havia pedido propina para decidir no STJ em favor de determinada empresa. A informação teria sido passada por Roberto Teixeira, advogado e compadre do ex-presidente.
- Nós temos que buscar esclarecimentos, até porque isso envolve um ex-presidente da República. É espantoso, se o fato for verdadeiro, saber que o presidente da República, ao tomar conhecimento dele, não tomou nenhuma providência - declarou Alvaro Dias, dizendo acreditar na inocência de Cesar Asfor.
Em aparte, o senador Pedro Taques (PDT-MT), membro da CCJ, afirmou que o fato é realmente grave e concordou com a necessidade de apuração.
- No Brasil, infelizmente os escândalos se sucedem e nada ocorre para resolvê-los. O fato é grave. Não sei da veracidade do fato, mas nós, aqui no Senado, temos uma responsabilidade para com a sociedade e essa responsabilidade é revelar se esse fato ocorreu ou não ocorreu - disse Taques.
Polêmica - O pronunciamento gerou discussão em Plenário. Os senadores petistas Gleisi Hoffman (PR) e Wellington Dias (PI) acusaram Alvaro Dias de julgar antecipadamente os envolvidos no fato.
- Tudo o que o senhor fez aqui, desde o início da sua fala, foi um juízo de valores. O senhor começou acusando o presidente Lula, fazendo ilações sobre uma matéria que disse que alguém disse que outro disse. Não tem nenhuma prova no material que o senhor leu - alegou Gleisi.
Alvaro Dias negou que tenha feito juízo de valor e acusou a senadora de tentar diminuir quem faz oposição e de faltar com o respeito em seu aparte.
- Para ela, eu faço juízo de valor. É um problema dela. Eu não faço juízo de valor. Apenas relato um fato que é público, que é notório, que é da responsabilidade das autoridades públicas desse país, e que não pode ser ignorado, não só pela oposição. Não pode ser ignorado pela instituição Senado Federal - argumentou.
Alvaro Dias recebeu apoio da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), segundo a qual toda denúncia deve ser apurada.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse, em pronunciamento nesta terça-feira (19), que o Senado precisa apurar as denúncias publicadas na última semana pela revista Veja sobre os motivos que teriam levado o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva a desistir da indicação de Cesar Asfor Rocha ao Supremo Tribunal Federal (STF). O senador quer que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) convoque os envolvidos para prestar depoimento.
De acordo com a revista, após receber Cesar Asfor, então presidente do Superior Tribunal de Justiça, em audiência, e comunicar que o havia escolhido para a vaga que seria aberta no STF, o presidente Lula teria sido informado de que o ministro havia pedido propina para decidir no STJ em favor de determinada empresa. A informação teria sido passada por Roberto Teixeira, advogado e compadre do ex-presidente.
- Nós temos que buscar esclarecimentos, até porque isso envolve um ex-presidente da República. É espantoso, se o fato for verdadeiro, saber que o presidente da República, ao tomar conhecimento dele, não tomou nenhuma providência - declarou Alvaro Dias, dizendo acreditar na inocência de Cesar Asfor.
Em aparte, o senador Pedro Taques (PDT-MT), membro da CCJ, afirmou que o fato é realmente grave e concordou com a necessidade de apuração.
- No Brasil, infelizmente os escândalos se sucedem e nada ocorre para resolvê-los. O fato é grave. Não sei da veracidade do fato, mas nós, aqui no Senado, temos uma responsabilidade para com a sociedade e essa responsabilidade é revelar se esse fato ocorreu ou não ocorreu - disse Taques.
Polêmica - O pronunciamento gerou discussão em Plenário. Os senadores petistas Gleisi Hoffman (PR) e Wellington Dias (PI) acusaram Alvaro Dias de julgar antecipadamente os envolvidos no fato.
- Tudo o que o senhor fez aqui, desde o início da sua fala, foi um juízo de valores. O senhor começou acusando o presidente Lula, fazendo ilações sobre uma matéria que disse que alguém disse que outro disse. Não tem nenhuma prova no material que o senhor leu - alegou Gleisi.
Alvaro Dias negou que tenha feito juízo de valor e acusou a senadora de tentar diminuir quem faz oposição e de faltar com o respeito em seu aparte.
- Para ela, eu faço juízo de valor. É um problema dela. Eu não faço juízo de valor. Apenas relato um fato que é público, que é notório, que é da responsabilidade das autoridades públicas desse país, e que não pode ser ignorado, não só pela oposição. Não pode ser ignorado pela instituição Senado Federal - argumentou.
Alvaro Dias recebeu apoio da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), segundo a qual toda denúncia deve ser apurada.
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