GAZETA DO POVO, 13 de abril de 2011
O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) afirma não ter fundamento o balanço do governo que indica um rombo de R$ 4,5 bilhões no caixa do estado. “Ainda não li o relatório, mas pelo que vi até o momento, vejo que foi feito com base no sentimento político-eleitoral”, afirmou Pessuti, que assumiu o governo do estado em abril do ano passado, depois que Roberto Requião (PMDB) deixou o cargo para concorrer ao Senado. Pessuti garante que o déficit anunciado pelo governo não existe e que no fim do seu mandato o estado tinha um superávit financeiro de cerca de R$ 1,2 bilhão.
Ex-secretário de Planejamento da gestão Requião, o deputado Ênio Verri (PT) aponta exageros no relatório do governo, como a inclusão de cerca de R$ 1 bilhão referentes a ações trabalhistas que ainda estão em discussão como dívidas certas. Verri também critica a inclusão de R$ 953 milhões de déficit de recursos na soma de dívidas. “Não é uma análise técnica-contábil. O valor foi inflado para parecer que o estado é terra arrasada”, disse.
Para Verri, a busca da gestão Beto Richa por inflar os números negativos faz parte de uma estratégia político-eleitoral. “O governo neste ano culpa o passado [pela falta de novas ações] e em 2012, que é um ano eleitoral, começa a mostrar serviço. Com isso, ele trabalha para eleger prefeitos da sua base, que por sua vez trabalharão na campanha para governador.”
Dívidas - Além de alegar que deixou o governo com dinheiro em caixa, Pessuti também diz desconhecer que tenha sido deixada qualquer dívida de água, luz ou telefonia de sua gestão. Segundo o relatório apresentado ontem, despesas dessa natureza somam uma dívida de R$ 102 milhões, sendo a maior parte desse valor referente a gastos realizados no ano passado. “Isso para mim é uma surpresa, em nenhum momento a Sanepar ou a Copel me notificaram, informando que haveria esse débito”, comenta o ex-governador.
Pessuti também rebate a avaliação feita pela equipe de Richa de que foram realizados contratos ilegais durante a sua gestão. “Tudo foi feito com base em pareceres das Procuradoria do Estado e do Tribunal de Contas”, afirma o ex-governador, que não vê fundamentos nas críticas feitas pela equipe de Richa ao Orçamento de 2011.
Pessuti ressalta que o texto aprovado em dezembro de 2010 passou pela avaliação da equipe de transição, que teria tido espaço para se manifestar caso detectasse alguma falha. Relator do Orçamento de 2011, o deputado Nereu Moura (PMDB) também considera as críticas infundadas e afirma que foram dados mecanismos para o novo governo fazer os ajustes necessários.
O líder do governo na Assembleia, o deputado Ademar Traiano (PSDB), não nega a participação da equipe de transição no Orçamento deste ano. Ele destaca, porém, que o grupo realizou apenas “alguns reparos” no texto.
O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) afirma não ter fundamento o balanço do governo que indica um rombo de R$ 4,5 bilhões no caixa do estado. “Ainda não li o relatório, mas pelo que vi até o momento, vejo que foi feito com base no sentimento político-eleitoral”, afirmou Pessuti, que assumiu o governo do estado em abril do ano passado, depois que Roberto Requião (PMDB) deixou o cargo para concorrer ao Senado. Pessuti garante que o déficit anunciado pelo governo não existe e que no fim do seu mandato o estado tinha um superávit financeiro de cerca de R$ 1,2 bilhão.
Ex-secretário de Planejamento da gestão Requião, o deputado Ênio Verri (PT) aponta exageros no relatório do governo, como a inclusão de cerca de R$ 1 bilhão referentes a ações trabalhistas que ainda estão em discussão como dívidas certas. Verri também critica a inclusão de R$ 953 milhões de déficit de recursos na soma de dívidas. “Não é uma análise técnica-contábil. O valor foi inflado para parecer que o estado é terra arrasada”, disse.
Para Verri, a busca da gestão Beto Richa por inflar os números negativos faz parte de uma estratégia político-eleitoral. “O governo neste ano culpa o passado [pela falta de novas ações] e em 2012, que é um ano eleitoral, começa a mostrar serviço. Com isso, ele trabalha para eleger prefeitos da sua base, que por sua vez trabalharão na campanha para governador.”
Dívidas - Além de alegar que deixou o governo com dinheiro em caixa, Pessuti também diz desconhecer que tenha sido deixada qualquer dívida de água, luz ou telefonia de sua gestão. Segundo o relatório apresentado ontem, despesas dessa natureza somam uma dívida de R$ 102 milhões, sendo a maior parte desse valor referente a gastos realizados no ano passado. “Isso para mim é uma surpresa, em nenhum momento a Sanepar ou a Copel me notificaram, informando que haveria esse débito”, comenta o ex-governador.
Pessuti também rebate a avaliação feita pela equipe de Richa de que foram realizados contratos ilegais durante a sua gestão. “Tudo foi feito com base em pareceres das Procuradoria do Estado e do Tribunal de Contas”, afirma o ex-governador, que não vê fundamentos nas críticas feitas pela equipe de Richa ao Orçamento de 2011.
Pessuti ressalta que o texto aprovado em dezembro de 2010 passou pela avaliação da equipe de transição, que teria tido espaço para se manifestar caso detectasse alguma falha. Relator do Orçamento de 2011, o deputado Nereu Moura (PMDB) também considera as críticas infundadas e afirma que foram dados mecanismos para o novo governo fazer os ajustes necessários.
O líder do governo na Assembleia, o deputado Ademar Traiano (PSDB), não nega a participação da equipe de transição no Orçamento deste ano. Ele destaca, porém, que o grupo realizou apenas “alguns reparos” no texto.
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