quinta-feira, 14 de abril de 2011

119 funcionários da Assembleia Legislativa são cedidos ao Executivo

GAZETA DO POVO, 14 de abril de 2011

Os servidores estarão disponíveis para a Seju a partir de segunda-feira (18), mas podem ser deslocados para outras áreas, de acordo com a necessidade


A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) firmaram nesta quinta-feira (14) um convênio para a cessão de 119 funcionários da Alep para órgãos do poder Executivo. Os servidores estarão disponíveis para a Seju a partir de segunda-feira (18), mas podem ser deslocados para outras áreas, de acordo com a necessidade. Entre os 119 funcionários estão 15 médicos.

O termo foi assinado pelo presidente da Alep, deputado Valdir Rossoni (PSDB), pelo 1º secretário, deputado Plauto Miró (DEM), e pela a secretária de Estado da Justiça e Cidadania, Maria Tereza Uille Gomes. Segundo a secretária, alguns dos funcionários podem ser transferidos temporariamente para o Procon, Defensoria Pública e Departamento Penitenciário do Estado, que estariam com problemas de falta de funcionários.

Rossoni informou que os servidores serão remunerados pela Assembleia e acredita que todos vão entender a necessidade dos outros órgãos do governo e prestarão o serviço pelos paranaenses. O procurador-geral da Assembleia Legislativa, Luiz Carlos Caldas, a coordenadora do Procon, Cláudia Francisca Silvano e a chefe da Defensoria Pública, Josiane Fruet Lupion, também participaram do encontro para a assinatura do convênio.

No final de março, a reportagem da Gazeta do Povo flagrou diversos servidores de carreira da Alep sem ter o que fazer, que vagavam pelos corredores ou passavam os dias sentados, tomando café e batendo papo, até o fim do expediente. Apesar de não terem função definida na Casa, os funcionários não podem ser demitidos.

A partir da troca de gestão na Assembleia, em fevereiro, a situação funcional de cada um dos quase 500 servidores efetivos começou a ser avaliada. E muitos passaram a ser considerados desnecessários ou não adequados para o desempenho de determinadas atividades. Nessa leva estão vários tipos de servidores: gente que antes não aparecia na Assembleia e não sabe nem mesmo dizer em que setor deveria trabalhar, pessoas ligadas à administração anterior e funcionários com baixa qualificação profissional ou mesmo que pertenciam a setores que foram extintos, como a gráfica e a vigilância.

Ao menos 139 servidores já estiveram “no limbo”, mas muitos conseguiram ser “encaixados”, na época, ainda restavam 45 ainda totalmente sem função. Quem visitava a Assembleia se deparava com vários deles na ante-sala e dentro do Plenarinho (auditório). Uma espécie de bedel cuidava para que os “descartados” não sumissem ou apenas registrassem presença e voltassem para casa. É um funcionário efetivo, que acompanha o sistema de controle biométrico e também faz os servidores assinarem um diário, na entrada e na saída.

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