quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vandalismo: prejuízo e transtorno para a população

FOLHA DE LONDRINA, 21 de abril de 2011

Atos como pichação e depredação de orelhões se incorporaram à rotina das cidades
PM de Londrina registrou no primeiro trimestre 137 ocorrências de danos causados por vândalos


Prédios e muros pichados, bancos de praças quebrados, placas de sinalização destruídas, escolas depedradas, árvores arrancadas. Os atos de vandalismo e roubo se incorporaram à rotina da maioria das cidades paranaenses, causando prejuízos aos cofres públicos e transtornos incalculáveis para toda a população.

Na última segunda-feira, vândalos atacaram o Centro de Educação Infantil Pequeno Príncipe, no Parque Ouro Verde (Zona Norte). Portas e janelas foram depredadas, salas de aula reviradas, materiais, brinquedos e alimentos espalhados. As 68 crianças atendidas pela creche tiveram que ser dispensadas.

Na semana passada, 188 famílias do distrito rural de Maravilha (Zona Sul de Londrina) ficaram sem água por causa do roubo de cabos e transformadores do poço artesiano. Em Toledo (Oeste), infratores tombaram a carcaça de um carro coberto com hera e que seria transformado em monumento. Já em Campo Mourão (Noroeste), 60% dos defeitos em telefones públicos do município se devem à violência urbana gratuita.

A Sanepar ainda não tem a estimativa dos prejuízos causados em Maravilha. Os atos de vandalismo têm sido enfrentados pela empresa com investimentos em segurança. ''Todas as unidades da Sanepar de Londrina, Cambé, Tamarana e dos distritos rurais foram reforçadas com concreto, gradeamento, alarme e vigilância monitorada realizada por uma empresa. Desta forma, conseguimos reduzir os prejuízos'', afirma o gerente industrial da Sanepar, Roberto Arai. De acordo com dados da empresa, os atos de vandalismo causaram prejuízos de R$ 122 mil em 2008 e R$ 9,3 mil em 2009. Em 2010 não houve registro de danos e no primeiro trimestre de 2011 foram gastos R$ 4,7 mil.

Sabão em pó - Em Toledo, a fonte da praça central é um dos alvos preferidos dos vândalos. ''Eles jogam sabão em pó e tinta na água e somos obrigados a desligar a fonte por vários dias para fazer a manutenção. Além disso, os vidros das escolas são quebrados constantemente durante a madrugada. O banheiro do Parque Ecológico Diva Paim Barth, que havia sido pintado recentemente foi pichado esta semana. Esses são apenas alguns exemplos'', relata o secretário de Segurança de Toledo, João Vianei Crespão. Por causa do tombamento da carcaça de carro, o projeto que previa a instalação de diversos monumentos cobertos de hera e outras plantas ornamentais foi adiado.

Crespão avalia que a situação só não é pior por causa da Guarda Municipal, que existe há 17 anos e conta com um efetivo de 150 homens. ''Se não houvesse a presença constante da guarda por toda a cidade, com certeza o número de crimes seria maior'', afirma.

Em Campo Mourão, o Procon teve que intervir no processo de manutenção dos telefones públicos danificados por vândalos. Após várias reclamações de usuários, a empresa de telefonia se comprometeu a fazer uma campanha de conscientização visando a diminuição da ação de vândalos. A operadora, que administra 545 telefones públicos, também garantiu a manutenção em até 24 horas dos aparelhos com defeito. A assessoria de imprensa da prefeitura de Campo Mourão informou que placas de sinalização de trânsito e lixeira também são constantemente alvo de vândalos.

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